quarta-feira, 5 de março de 2008

De novo na estrada

Parque da Água Branca, São Paulo-SP

No universo dos frilas todos sabem que janeiro e fevereiro são meses críticos. Liga pra um amigo numa redação, depois pra outro e vamos marcando encontros. Depois de muito pensar estou voltando ao jornalismo. Procurando trabalhos nesta área tão emocionante e envolvente. Fui à redação de uma revista que vende casas e apartamentos. Eles têm cinco títulos com imóveis para todos os gostos. Com a reunião agendada, apresentei meu ensaio sobre o Bambu para a editora e fui recebido com deferências pela qualidade do trabalho, pela estética e pelo tema. Coincidentemente, a editora procurava para a revista que vende imóveis de alto padrão um tema para homenagear o centenário da imigração japonesa. Meu ensaio chegou no momento oportuno. Venho desenvolvendo este trabalho de fotografar o bambu e o bambuzal desde os anos 80.
Duas características inerentes ao bambu são flexibilidade e rigidez. Esses dois pontos são freqüentemente comparados ao pensamento sólido e flexível do povo japonês. Taketori Monogatari (Conto do Cortador de Bambu), considerada a mais antiga narrativa escrita japonesa, conta a história de Kaguya-hime, uma princesa encontrada bebê dentro de um bambu. Monteiro Lobato escreveu que o Saci-Pererê nasceu numa moita de Bambu. A estrutura do Demoiselle, avião construído por Santos Dumont, foi feita com bambu.Para alguns, o bambu é a madeira mais utilizada do mundo.
Eles vão publicar um ensaio de algumas páginas. Me senti reconhecido e seguro para novas investidas. Este foi o primeiro round dos novos frilas.

Um comentário:

Isabela Esteves disse...

Acho lindo Juvenal... Guran esteve recentemente hospedado aqui em casa e me lembrei de você. Pois ainda tenho a fotinho da Vitoria Régia colada num quadradinho de madeira com o seu nome atras! Achei otimo!
Foi no ano passado em junho ou agosto num bar na Gavea. Estavamos eu, uma amiga do Gana, você, Guran e mais alguem que nao me lembro. É isso! Adorei o seu Blog!