segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

2009 um ano ímpar - verdadeiras histórias


Logo depois do natal familiar, em Belo Horizonte, fui com minha irmã Júnia e meu irmão Vitalino para o Sitio Sonho Meu em São Gonçalo do Rio Abaixo, perto de Itabira, terra de Carlos Drumond de Andrade. O nome do sítio justifica o trabalho da Júnia por 30 anos de carteira assinada como funcionária de uma companhia telefônica.
Recebeu uma indenização e com a grana comprou um pequeno sítio com uma casa de adobe. Deu uma tapa na casa, no jardim e horta. Ficou lindo.
Me lembrava aquela música do Milton Nascimento

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal
Que o tempo parava
Tinha sabiá
Tinha Laranjeira...

Conversas. Muita chuva. Para passar o tempo dentro de casa fomos buscar
(eu e o Vitalino) um tronco de bambu na beira da estrada. Vinha pensando, desde São Paulo, em fazer novas luminárias de bambu com papel crepom. Depois de olhar e medir o bambu adequado, achamos um tronco no jeito e levamos para o sítio. Lavei com escova para tirar o limo e apareceu a cor. Um creme claro, tom pastel..
Cortamos alguns gomos com o serrote...

Estou escrevendo esta postagem a bordo da Lancha motor Araraquara, voltando do rio Murucutu, na Ilha do Marajó

...e fui tiranto tiras de bambu com um canivete bem afiado. Depois fizemos um gabarito, marcamos as medidas. Com uma serra fina cortamos os encaixes. Limpamos. Fizemos o acabamento com linha 10. Colamos as junções e deixamos secar.
Neste finalzinho do processo o João Simão me liga convidando para ir para a Ilha do Marajó que fica a 3 mil quilômetros de distancia de onde estava.
Tinha feito vários planos para o final de ano. A principio iria para Cuba com a Rebeca Kristch Mas o consulado cubano não forneceu o visto e adiei a data da viagem, A Rebeca foi como turista. Mandou um e-mail quando estava embarcando no aeroporto de Caracas para Havana. O plano B era passar o natal em Belo Horizonte e o reveillon em Diamantina. Convidei meu irmão Flávio até fiz uma reserva mas acabou não dando certo. A Júnia ia com a Edna e a Magda para Goiás e sobrava uma vaga no carro. Já estava fazendo planos da viagem quando a Junia me diz que recebeu um telefonema dizendo que a Cleuza tinha confirmado que iria também para Goiás. O plano C furou.
Vai daí que o Simão me liga fazendo o convite para ir para a Ilha do Marajó. Claro que topo respondi.
Voltamos para Belo Horizonte e no dia seguinte estava na Rodovia Fernão Dias a caminho de São Paulo e do aeroporto de Guarulhos com destino Belém do Pará. Teve um pit stop em São Paulo para a festa de final de ano na casa da Luludi.
Fogos de fim de ano na Av Paulista

Já em Belém o Simão me levou até o escritório do João Salim, empresário do ramo de navegação e fazendas que patrocinou minha viagem e a Expedição Patauá. À noite embarcamos no Navio Bom Jesus para o Estreito de Breves (continua...)

Um comentário:

ELLIOT disse...

Foto linda Juvenal!!!
Gostaria de falar contigo, não tenho conseguido enviar mensagens.
Posso ligar??
Sei que é ocupado, mas, se puder falar comigo, agradeço,
abraços