segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Temajo - Movimento Pós Humano


Um dia o Temajo apareceu na minha vida e nem me lembro. Apareceu e foi aparecendo. Uma pobreza que dava dó. Uma esperança na vida que propunha altivez. Capaz de citar Sócarates e a importância das flores no aparecimento dos Beija-flores.

Ah me lembrei de onde. Ele fazia um venissage na pensão que morava na Rua Cajaiba, na Pompéia em São Paulo. Quem me lovou foi a Evelyn Ruman e o pessoal do MIS. Em um outro período ele ficou com uma garagem que emprestei para montar seu ateliê. Ficou por ali um tempo até que a senhoria reclamou da sub locação e ele teve que cair fora. Ele me pagava com seus quadros ou com algum que arrumava.
Deixava correr solto.
Ele estava ali criando. Eu podia fazer o empréstimo.
Uma época foi para Camburi para ser o caseiro mas o serviço pesado não o agradou e voltou. Emprestei de novo a garagem já que o senhorio mudou. Pintou ali outras telas e fez uma exposição.
Temajo tem idéias sobre como deve ser o mundo.
Agora lança o Movimento Pós Humano que é uma nova exposição lá na Rua Fidalga 120 - Restaurante Materello.
Vale a pena conferir.
Talvez um dia algum curador venha a se interessar pelo seu trabalho e ele possa ser visto em outros ambientes mais glamurosos, merecedores de seu trabalho.

Um comentário:

Vitor Novais disse...

Eu tenho o privilégio de ter ganho do próprio, um pedaço de uma de suas telas que ele fez grande e cortou em oito pedaços, assim me disse e falou que um dia, as pessoas que tem cada pedaço, deveriam se encontrar pra ajuntar seus pedaços e descobrir o quadro todo... um bom motivo para o que é a vida, o encontro. O quadro que tem um astronalta e uns tubos e ao fundo estrelas, está aqui na minha frente, eu sou esse astronauta ai do quadro, me identifiquei na hora que vi, disse isso e ele falou, gostou mesmo? é seu pode levar e isso aconteceu a quase 5 anos atrás quando ele estava pintando na sua garagem. O Ademir não teve a mesma sorte, ganhou um prêmio de consolação quando pediu um pedaço também, uma fadinha de acrílico e ficou desapontado, você lembra dessa cena?. Grande artista Juva, o Temajo é foda. Vou lá prestigiar o trabalho dele, vou chamar uma patota.